sábado, 7 de novembro de 2009

domingo, 5 de julho de 2009

Cronologia


1984
Em outubro é organizada a Comissão pró-Fundação da APTA-RN – Associação dos Técnicos Agrícolas do Rio Grande do Norte composta por: Severino Carlos de Oliveira , Francisco Dinarte Pinto Matias, José Marcos Leite, Carlos Alberto Abdon de Miranda, Carlito Batista de Araújo, Francisco Canindé Teixeira Pinto e Plínio Gomes Guimarães.

1985

Em 6 de fevereiro o Preside João Batista Figueiredo regulamenta a profissão de técnico agrícola com o Decreto 90.922.

No dia 1º de maio numa Assembléia Geral Ordinária na sede da EMATER-RN, em Natal, é fundada a APTA-RN, aprovado o Estatuto Social e eleita a primeira diretoria sendo eleito presidente o Téc. Agr. Milton Araújo.

Em 22 de junho morre num acidente automobilístico o Téc. Agr. Severino Carlos de Oliveira, fundador e Vice-presidente da APTA-RN.

Em 09 de novembro de 1985 aconteceu em João Câmara o I Encontro Regional de Técnicos Agrícolas do Estado quando na oportunidade foram eleitos os membros do Núcleo Regional da APTA/RN com abrangência de 16 municípios da região.

1986

O reconhecimento da APTA/RN como de Utilidade Pública aprovado pela Lei nº 088/86, pelo presidente da Câmara Municipal de Natal, Sr. Edmilson Ferreira de Lima, e publicado no Diário Oficial de 29 de abril de 1986.

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte igualmente reconheceu a APTA-RN pela Lei nº. 5.499, de 11 de julho de 1986.

De 22 a 26 de julho de 1986 é realizado no Ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte-MG, o I Congresso Nacional dos Técnicos Agrícolas, com a participação de dezenas de técnicos agrícolas potiguares.


1987

A segunda diretoria da APTA/RN foi eleita em Assembléia Geral Extraordinária no dia 06 de junho de 1987, no auditório da EMATER-RN, em Natal, na ocasião esteve presente o presidente da Associação Profissional dos Técnicos Agrícolas do Estado do Ceará, Téc. Agr. Josafá Martins. O Téc. Agr. Milton Araújo foi reconduzido ao cargo de presidente.
O I Encontro Nacional das Associações de Técnicos Agrícolas aconteceu no Centro de Treinamento de Ponta Negra, em Natal-RN, entre os dia 31 de julho e 4 agosto com a participação de 04 associações do Nordeste. O Encontro aprovou as seguintes resoluções: exigir das empresas públicas/privadas o cumprimento do Decreto 90.922/85, contratação de assessor jurídico, estreitar o relacionamento com pequenos produtores e suas organizações.
Técnicos Agrícolas foram enquadrados pelo Ministério do Trabalho como profissionais liberais, e por esta razão a FENATA, passou a integrar o grupo da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL), onde esteve por alguns anos filiada.

1988

Encontro Nacional dos Técnicos Agrícolas, em Brasília, no dia 2 de fevereiro, nesse evento foi aprovada a deliberação de que o Dia do Técnico Agrícola deveria ser comemorado em nível nacional, no dia 5 de novembro, data em que foi publicada a Lei 5.524, que criou a profissão.
Rio Grande do Sul, em que data foi oficialmente reconhecida no dia 15 de julho de 1988, através da Lei 8.692, de autoria do então Deputado Estadual MÁRIO LIMBERGER, Presidente da FENATA.

1989

Fundação da FENATA Sindical – Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas, no Colégio Agrícola de Camburiú-SC.

1990

A Associação luta piso salarial dos técnicos da EMATER-RN em 1990, como relata um ofício encaminhado pelo presidente da APTA-RN ao Secretário de Agricultura, Dr. Luiz Fernando Pereira de Melo, onde “ressaltamos que esses profissionais têm importância capital para as instituições uma vez que suas funções são desempenhadas a nível de campo, enquanto que os profissionais de nível superior sempre são designados para ocuparem cargos de coordenação e/ou assessoria... atualmente, a Empresa que mais utiliza mão-de-obra dessa categoria é a EMATER-RN, onde os 185 extensionistas 103 são técnicos agrícolas.”.

2002

O Presidente Fernando Henrique Cardoso assina o Decreto 4.560 que atualiza as atribuições dos técnicos agrícolas.

2004

1º de Maio foi realizada uma Assembléia no auditório da Escola Agrícola de Jundiaí, em Macaíba-RN, com o objetivo de fundar o Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Rio Grande do Norte.

Após anos sem nenhuma atividade uma nova assembléia da APTA/RN veio acontecer em 04 de julho de 2004, vinte anos depois dos “primeiros passos”, onde esteve presente em Natal, o Téc. Agr. Mário Limberger, presidente da FENATA, que motivou os colegas a refundar a associação e posteriormente fundar o Sindicato dos Técnicos Agrícola do RN.

No dia 29 de agosto é fundado o SINTARN – Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte, na sede da ASSEMA, em Macaíba-RN. A APTA-RN é transformada em ATARN – Associação dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte.

2005

II Congresso Nacional dos Técnicos Agrícolas realizado nos dias 19, 20 e 21 de maio, em Foz do Iguaçu-PR, foi eleita e empossada a nova Diretoria da FENATA para gestão 2005 até 2008, o Téc. Agr. Gustavo José (RN) foi eleito para Direção Nacional.

2006

De 4 a 7 de abril é realizado Curso de Capacitação Profissional de Técnicos Agrícolas em Cooperativismo, em Natal-RN, com a participação de colegas de todo o Nordeste.

Realizados nos dias 30 de junho e 1º e 2 de julho, o XIX Encontro Nacional de Técnicos Agrícolas, no pavilhão de eventos da FENAVINHO em Bento Gonçalves-RS, reuniu mais de 500 pessoas entre participantes, convidados e visitantes em comemoração aos 65 Anos do Movimento Nacional dos Técnicos Agrícolas, com a participação de 04 potiguares.

Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte - SINTARN impetrou Mandado de Segurança contra o Crea/RN com vistas a reduzir a cobrança dos valores de Anuidades, Taxas e Multas, consideradas ilegais e obtém vitória.

I Encontro Estadual dos Técnicos Agrícolas do Rio Grande do Norte no dia 16 de dezembro, no auditório da FETARN, em Natal-RN, reunindo técnicos das regiões Alto Oeste, Mato Grande, Potengi, Seridó, Grande Natal, Oeste e Agreste.

2008

No dia 15 de janeiro o Ministério do Trabalho e Emprego concedeu ao SINTARN a Certidão Sindical numa cerimônia realizada na Sede da Delegacia Regional do Trabalho, em Natal-RN.

XXII Encontro Nacional de Técnicos Agrícolas, em Natal-RN de 21 a 26 de maio de 2008, com a presença de técnicos agrícolas de todo o país. Neste evento foi fundado o Movimento Jovem Técnico Agrícola e eleita a nova diretoria da FENATA.

Nos dias 19 e 20 de Dezembro de 2008 a FENATA realiza seu 1º Curso de Formação Sindical, em Lagoa Seca-PB, com a presença de 04 técnicos agrícolas do Rio Grande do Norte.

O Mundo começa agora... apenas começamos!

Entrevista com o Téc. Agr. Milton Araújo


Entrevista com o Téc. Agr. Milton Araújo, primeiro presidente da APTA-RN, fundador do SINTARN – Sindicatos dos Técnicos Agrícolas. Durante o XXII Encontro Nacional dos Técnicos Agrícolas, em Natal-RN, recebeu o Prêmio Técnico Agrícola da FENATA .
SINTARN – Fale-nos um pouco de sua origem:
Milton Araújo – Nasci em Parelhas-RN, mas cresci na Fazenda Ingá, em São Tomé-RN, minha segunda terra natal, e recentemente recebi o título de cidadão riofoguense.
SINTARN – Como foi o começo do Movimento no Rio Grande do Norte?
Milton Araújo – Entre 1882 e 1983 eu estava instalando a cidade hortigranjeira, em Nizia Floresta-RN, e recebi uma ligação do nosso saudoso Severino Carlos e de Dinarte, para participar de uma segunda ou terceira reunião do Movimento. Tinha passado no Estado o Téc. Agr. Mario Limberger, presidente da FENATA, motivando os técnicos agrícolas a se organizarem numa associação. Numa primeira reunião Severino foi eleito presidente da Comissão pró-Fundação, era ele quem encaminhava toda a documentação, naquela época se reunia cerca de 20 a 30 colegas e eu comecei a observar como funcionava.
SINTARN- Como era a atuação do colega Severino Carlos na APTA-RN?
Milton Araújo – Na primeira reunião eu fui um pouco apreensivo sem saber detalhes, chegando lá encontrei Severino, era entusiasta, ligava para os técnicos convidando para as atividades, e com o falecimento dele o Movimento sentiu muito porque ele sempre estava presente em todas os momentos.
SINTARN - E o Sr. participou da fundação da APTA-RN?
Milton Araújo – Em 1985 houve a fundação oficial da APTA-RN eu fui eleito presidente e Severino Vice-presidente, depois veio o falecimento dele que para nós foi uma grande perda porque era um braço direito do Movimento. Durante meu mandato conseguimos fazer alguma coisa em prol da nossa classe como a criação de 12 regionais, e sempre havia motivação, conseguimos na EMATER-RN o desconto em folha, aluguel de sede, entre outras coisas.
SINTARN – E como foi o seu segundo mandato?
Milton Araújo – Foi difícil, por uma questão de saúde minha ficou em estado latente, porque o Vice-presidente, Raimundo Nonato morava em Assu-RN tornando difícil o trabalho, ficando por mais de uma década tudo parado.


SINTARN- Então vem a refundação?
Milton Araújo – Quando foi reativado em 2004 transformamos a APTA-RN na ATARN – Associação dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte, e depois o SINTARN que hoje está entregue ao colega Gustavo José que não tem nos surpreendido pois está fazendo um excelente trabalho.
SINTARN – O que lhe motivou a participar do Movimento?
Milton – Eu nasci e fui criado numa fazenda de mais de 500 moradores, e isso me despertou o interesse de ser técnico agrícola. Eu e meu irmão fomos estudar no Colégio Agrícola de Jundiaí, e até hoje eu respiro a agricultura apesar da idade, não consigo me desvincular, e pronto a ajudar a classe.
SINTARN – O que diferencia o técnico agrícola de outros profissionais de ciências agrárias?
Milton Araújo – Nos vivemos num país em que a área agrícola é um celeiro de produção, mas não temos uma política agrícola definida, mas hoje a pessoa que já tem no sangue a agricultura que quer ingressar na nossa profissão tem vários caminhos, e varias dificuldades, mesmo tendo um sindicato atuante. Enquanto temos por Lei a obrigação de estarmos vinculados ao CREA que sempre tem sido nosso inimigo, e tenta derrubar nossas conquistas alcançadas com tanta dificuldade, teremos problemas.
SINTARN – Que mensagem o Senhor deixaria para os jovens que desejam ingressar na nossa profissão?
Milton Araújo – Se ele tiver aptidão para agricultura ingresse, apesar das dificuldades vale a pena ser técnico agrícola.
SINTARN – Qual o sentimento de ter recebido em 2008 o Prêmio Técnico Agrícola da FENATA?
Milton Araújo - Depois da minha família é o que eu tenho de mais sagrado.

Entrevista com Rejane Santos de Oliveira


Entrevista com Rejane Santos de Oliveira, esposa do Téc. Agr. Severino Carlos de Oliveira pioneiro no Movimento Potiguar dos Técnicos Agrícolas e presidente da Comissão Pró-Fundação da APTA-RN – Associação dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte, hoje ATARN.
O colega Severino Carlos veio a falecer prematuramente num acidente automobilístico no dia 22 de junho de 1985 quando exercia a função de Vice-presidente da Associação.

SINTARN – Fale-nos um pouco sobre a origem do colega Severino Carlos de Oliveira:
Rejane Santos – Ele nasceu em São José de Mipibu-RN e ainda jovem, após terminar o primário, veio morar na Fazenda Potengi, em Ielmo Marinho-RN, e de lá ele se interessou pelo Colégio Agrícola de Jundiaí por que era mais perto onde fez o curso técnico agrícola, tinha muito interesse na área.

SINTARN – E como foi a vida dele ao sair do Colégio Agrícola?
Rejane Santos – Em Natal ele fez um teste na Secretaria Estadual de Agricultura com Dr. Itamá Marinho, então Secretario Estadual de Agricultura do Rio Grande do Norte, e o primeiro emprego era para trabalhar em Currais Novos-RN na administração da construção de açudes na região. Depois foi para CIDA (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agropecuário ) trabalhando no Parque de Exposição, mas sempre na construção de açudes, e por fim na oficina da empresa acompanha a recuperação de tratores, em Natal-RN.
SINTARN – Como era a rotina do colega Severino Carlos no inicio da Associação?
Rejane Santos – Para mim foi um tormento no começo (rir) ele fazia reuniões nos sábado, me deixava em casa. Uma vez ele falou para mim que estava lutando muito por isso porque seria uma melhora para os técnicos agrícolas, queria criar uma associação.
SINTARN – Ele tinha contatos com Movimento dos Técnicos Agrícolas em outros Estados?
Rejane Santos – Ele não tinha conhecimento com outros Estados, era muito difícil, tinha que estabelecer os primeiros contatos, o que ele falava para mim era muito vago, eu não entendia muito sobre associação e sindicato.


SINTARN – Quem mais participava com ele no começo?
Rejane Santos – Gilbran, João Carlos, José Marinho de Macaíba, esses eram os mais próximos.
SINTARN – E como era a aceitação das idéias dele no começo na categoria profissional?
Rejane Santos – Ele comentou uma vez que era muito difícil convencer as pessoas a se associarem, só se já tivesse a entidade estruturada.
SINTARN– Houve alguma represália no emprego pelo Movimento visto que ainda era período da ditadura militar?
Rejane Santos - Não, nunca ouvi falar de nenhuma perseguição.
SINTARN- Qual a lembrança do seu esposo como técnico agrícola?
Rejane Santos – Tudo que ele fazia era com amor, se uma coisa não tivesse dando certo ele deixava (chora), quando meu filho encontrou no blog do sindicato um texto em que se pretendia fazer homenagem a ele nós ficamos muito felizes, lembrar de tudo que ele fez pela categoria é gratificante.
SINTARN – Qual a sensação de ver que o Movimento dos Técnicos Agrícolas no Rio Grande do Norte teve sua semente plantada pelo seu esposo?
Rejane Santos- Eu achava muito bonito esse movimento que ele fazia, se ele tivesse vivido teria lutado muito para que os técnicos agrícolas saíssem do CREA e tivessem sua independência.